Bem...falei demais e não postei o texto, aqui está:
Saia um pouco da internet!!
Não existe maior entusiasta da internet que eu, mas ela tem efeitos colaterais chatinhos. Tipo…
- Tendinite: sinto saudade de quando minha mão direita era um território livre de dor! Trabalho o dia inteiro em frente ao PC, e as horas extras diárias na internet ao chegar em casa também contribuem;
- Olhos ardidos: chega um momento em que a gente nem sabe mais o que tá lendo ou olhando, tudo embaça – os meus ardem e também ‘vesgueiam’ como se tivessem dado um nó;
- Vida social deixada de lado: quem nunca deixou de ir encontrar os amigos da vida real em função de algum ‘compromisso’ ou vício virtual que atire a primeira pedra, hein!
- Dor de cabeça: na internet todos são corajosos atrás dos seus codinomes e amam apontar o dedão na cara alheia como se não tivessem defeitos;
- Histeria generalizada: as pessoas se sentem íntimas de quem jamais seriam e começam a opinar sobre assuntos que não lhe dizem respeito como se fosse a coisa mais normal do mundo.
A estilista Mary Arantes falou em entrevista para a Heloisa Tolipan que “é desumano o que a moda está fazendo com a gente” (leiam aqui). Adaptando para o assunto do post, a nossa ânsia por novidades e informação é desumana. Ninguém dá conta de assimilar tanta coisa nova num prazo tão curto, e a gente acaba desperdiçando um tempo precioso nessa loucura.
Às vezes me sinto um Forrest Gump internético, sempre correndo, querendo saber de cada detalhe, acessando trocentos sites por dia, me informando sobre todos os baphos e causos diários – regionais, nacionais e internacionais, afeeeee – e não chegando a lugar nenhum. Correndo feito tonta sem destino, diga-se. Constatação deprimente, porém verdadeira.
Não vou apelar pro clichê-master ‘saia da internet e vá ler um livro‘, mas ela é sim um tipo de vício. Vá encontrar os amigos, passear com o cachorro, sair pra jantar, ver um filme, bater um papo com a sua avó na cozinha, ligar para aquela amiga que você deixou de lado. Tão melhor! Só de internet ninguém vive.
Meu dia tinha que ter 48 horas pra dar conta de tudo. Mas não tem. Então o negócio é estabelecer prioridades – e ficar hooooras atrás de informação (em boa parte, inútil) online chega a ser um crime. Quando todos ao nosso redor começam a implorar “sai do computador“, “larga esse smartphone”, “não traz o iPad pra mesa“, é porque extrapolamos o limite.
Acho mesmo que o mundo virtual deixa as pessoas meio loucas. E tiro o chapéu para quem só fica online por necessidade em função do trabalho. Quando dizem que blogueiras têm ‘obrigação’ de saber de- tudo-de-tudo-de-tudo, acho ridículo. Isso só causou uma produção em série de blogs/sites de réplica de conteúdo produzido por marcas/agências. Tudo é incrível, maravilhoso, lindo e must have. Só que não!! Até mesmo as marcas foram pelo caminho mais fácil: o do inspired! Afinal, ele é mais rápido, né?
Queria rebobinar a fita e voltar para aqueles dias deliciosos em que todos eram felizes comprando um batom e tendo tempo para ‘criar uma relação’ com ele em vez de apenas jogar na gaveta já pensando na próxima compra. Pro tempo em que nossas marcas favoritas lançavam uma coleção de primavera-verão e outra de outono-inverno (me diz quem consegue acompanhar coleção de verão, alto verão, médio verão e de todas as outras estações, meldels!). Hoje é assim: num dia, lançamento-do-lançamento-do-lançamento; no outro dia, promoção num balaio de outlet.
A pedida é: vamos pegar um pouquinho de informação e pensar a respeito. Formar uma opinião, raciocinar argumentos, jogar fora tudo o que for ‘excesso online’ da nossa vida. Diminuir as horas de vida virtual pode fazer maravilhas pela nossa vida real!
Fonte: http://sweetestpersonblog.com/
e o futuro?!